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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://twitter.com/

 

 

HAYDÉE SORENSEN

 

São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil.

Mariam Haydee Sorensen; formada em orientação musical infantil, poeta, neuro linguista. Conhecimentos em política internacional.

 

 

ANTOLOGIA DOS NOVÍSSIMOS.  São Paulo: Massao Ohno Editora, 1961.  “Coleção dos Novíssimos”  vol. 9.  Capa de João Susuki.     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

       

DÚVIDA

Talvez eu conserve da vida apenas um ídolo partido
e a derrisão própria dos vencidos.

Talvez conserve em meus olhos apenas uma lua redonda
e triste pela sua utilidade.

Talvez conserve em minhas trêmulas mãos apenas o sentido
do tato.

Talvez...
Talvez...

Porém, sobre estas bases tão sólidas quanto quaisquer outras,

saberei erigir um altivo monumento
O monumento de minha derrocada.

Será?
Talvez...

 

 

 

CONFLITOS

Pensamentos que caem em linhas oblíquas
e se esfacelam...

Gôsto de abismo na boca
e amargura de nuvem
que se baseiam na decepção de não ser o que sou...

Egocentrismo que me leva a comparações
e me reduz à lucidez dolorosa.

Sofro.
Irracionalismo?

Para não sofrer é necessário ser amorfa
e ter espírito de rebanho.

 

        *

 

 

        Cigarros
Jazz dolente
Uísque
Apenas uma espera sem esperança.

Onde andará a menina de olhar meigo e confiante?

Garoa
Madrugadas vazias
Cabelos revoltos de falsa boemia
Displicência calculada
Receio de ser um logro?

Onde andará a menina de olhar meigo e confiante?

Ei-la ante um espelho,
ensaia aplicada um cínico sorriso...
Conversa, desenvolta, sobre seco e sobre a vida.
Porém, logo enfadada pergunta, sem ênfase a si própria
onde andará a menina de olhar meigo e confiante...

 

        *

Olhos vazios refletindo cenários...
Tudo me escapa.
As palavras não tem sentido,
cumpre a mim dar-lhe algum.
Fraqueza...
Pusilanimidade...

Fraqueza?
Pusilanimidade?
Palavras sem sentido como tudo o que escrevo.
Sentido?
Qual o sentido da palavra sentido?
Para que e por que escrevo?
É melhor calar...
Mas por que?

*

 

        O silêncio é expressivo.
Ora!
Não vale a pena.

Há vagas no Juqueri?


*


A convicção do nada
a espargir temores.
A metamorfose continua
do sentimento não sentimento
sem amanhã e sem direção.

Vislumbrei amor em olhos tristes,
mas a ternura outorgada
nada mais era
que o próprio horror do nada.


*

        Guardar na retina a imagem do cansaço
e sofrer solitária.
A vontade de chorar
metamorfoseada em espera.

Sentir a pesada inutilidade da carne
e afogar desejos.

Para que tentar preencher vazios
se os próprios vazios são inexistentes?

 

 

        *

Acidentalmente
deslizei pela noite de meus versos
e encontrei-me perdida entre as luzes e as cores das palavras.
Tentei, em vão, apagar as luzes,
ignorar as cores.

Cada palavra colorida encerrava mil universos
e cada universo milhões de angústias vividas.

Continuei a deslizar pela noite de meus versos
e já atordoada
quis fugir de tudo e de mim,
de tudo que existia em mim.

Naufraguei.
Naufraguei entre os naufragados atos que se fizeram versos.
Naufraguei entre todos os desejos recalcados
que covardemente se fizeram esboços.

Tentei salvar-me...
Tentei agarrar-me na essência do que havia escrito.

O que encontrei?
Palavras, palavras, palavras...

 

 

*

 

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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